Caros universiantes,
Como vão todos? Há
alguns dias fui ao cinema assistir, Viva a vida é uma festa, o novo filme da
Pixar dirigido por Lee Unkrich com o roteiro de Matthew Aldrinch que nos
entrega um filme para todas as idades.
Aqui a pixar mostra
que, mesmo utilizando sua típica formula e abordando um assunto já tratado em
outras obras (como A festa no céu de 2014) é possível trabalhar um mesmo tema
sem repetir ou cansar seu espectador, entregando um filme recheado de musica e
sentimentalismo.
A história fala sobre
Miguel, um menino de 12 anos, encontra-se em conflito quando seu grande sonho
se resume ao maior tabu de sua família, o de tocar música. A família matriarcal
reprova todo tipo de música levando-a como castigo, após a tataravó de Miguel
ser abandonada por um musico que decidiu seguir seu sonho.
Determinado como seu
tataravô, ele decide lutar pela carreira, mas acaba parando no mundo dos mortos
após desencadear uma série de eventos, tendo um dia para retornar ao mundo
carnal.
Todos os personagens
possuem seu nível de particularidade e densidade, não apenas os conflitos de
Miguel, como também as caractériscas únicas de seus familiares, todos são
sapateiros, porém cada confecção revela um detalhe de suas personalidades. O
personagem Hector é o mais interessante de todos, tendo sua história e
complexidade revelada gradativamente ele nos guia no mundo dos mortos.
Passando durante o dia do los muertos, uma das
datas comemorativas mais relevantes do México, a importância da memória é
demonstrada como um elo entre os dois mundos, para um espírito se manter “vivo”
e visitar sua família ele não pode ser esquecido e ter sua imagem posta no
altar.
A interessante forma
em que tratam a morte, mostrando suas diversas facetas sempre com leveza e
simpatia sem nunca pesar ou ridicularizar para seu publico. (A morte por esquecimento é a mais
instigante e dolorosa para mim em particular, pois passa a ideia de
desaparecimento do que nos faz eternos na Terra).
O trabalho de arte se
sobressai, repleto de detalhes e com uma palheta multicolorida levando-o para
um papel além da estética fotográfica, nos entregando pequenas informações que
coagem em harmonia com a história, como a expressividade de cada personagem e o
ambiente em que estão. Logo que introduzidos ao mundo dos mortos encontramos
uma cidade quase que verticalizada que nos entrega o contraste entre aqueles
que são lembrados e que são esquecidos, entre casas grandes e elaboradas para
aqueles que possuem seus entes e palafitas para os que não.
Envolvendo-nos com
beleza da cultura Mexicana com varias referencias a ícones mundialmente
reconhecidos como Frida Kallo e as clássicas novelas dramáticas, é impossível
não rir e chorar com um filme que nos oferece escapar de algo além do clichê
american lifestyle e viver em um mundo muito além do nosso plano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário