Título original: The greatest showman
Direção: Michael Gracey
Queridos universiantes,
P.T Barnum, representado pela ótima atuação de
Hugh Jackman, é conhecido por ser o excêntrico homem que criou o nosso atual
conceito de circo, sendo um dos pais do showbusiness. Ele ganha sua história em
uma forma romantizada, oferecendo uma trama encantadora que propõe envolvê-lo
de sonhos e conflitos sociais.
É um filme que não agrada a crítica,
mas que para todos os outros pode ser espetacular. Tendo tudo para ser uma
história marcante, “O Rei do Show” perde parte de seu potencial com cenas
corridas e rasa abordagem dos conflitos expostos, sendo salvo por toda a
magnitude e beleza das músicas e de sua produção.
Lidando com uma diversidade de
assuntos como, racismo, preconceito, cegueira para conquistar um sonho, e com
as variadas interpretações da arte, a história central do filme tinha tudo para
gerar grandes debates, contudo o acelerado ritmo causou não apenas o risco de
seus espectadores não se conectarem com a história como também superficializou
toda a temática envolvida.
Uma das quais que não pode passar
batido é sobre o conceito da arte, pois ao criar seu show, Barnum quebra a
tradição conceitual de apresentação artística, tendo a presença do personagem
de James Gordon Bennet (Paul Sparks) como crítico artístico que sempre ressalta
que as peculiares apresentações de Barnum não são artísticas ao seu mundo,
assumindo, contudo que o show traz alegria às pessoas.
Um dos resgates do filme está na
enorme qualidade das músicas produzida pelo mesmo grupo que compôs as
encantadoras melodias de La La Land: Greg Wells, Justin Paul, Benj Pasek, que demonstram mais
uma vez a competência de sua arte, sem nunca parecerem repetitivos.
Os cenários e as
incríveis atuações do elenco se responsabilizaram por guiar a intensidade de
toda a obra trazendo a qualidade e a magia que propõe. Não há necessidade de
falar da excelência não só de Hugh Jackman que já possui experiência com musicais (Os Miseráveis-2012) mas também Michelle Williams, que
rouba as cenas interpretando Charity, a esposa fiel e forte de Barnum que
sempre o apoiou em suas ideias. Outra figura importante é a da personagem Anne
Wheeler, que possui uma presença marcante. Não costumo gostar das atuações de
Zendaya, mas é inevitável reparar na força que sua personagem ganha com sua
voz. Isso faz com que a história se torne envolvente o suficiente até para quem
não é exigente ao mundo do cinema.
Particulamente, mesmo com todos os
problemas na direção, o filme pode não ser digno de Oscar, mas me encantou o
suficiente para o reassistir em dias felizes.
Nota pessoal: vocês acreditam que o
Zac Efron já está com 30 anos?
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