segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Resenha - Viva a vida é uma festa





Título Original : Coco

Caros universiantes,
Como vão todos? Há alguns dias fui ao cinema assistir, Viva a vida é uma festa, o novo filme da Pixar dirigido por Lee Unkrich com o roteiro de Matthew Aldrinch que nos entrega um filme para todas as idades.
 Aqui a pixar mostra que, mesmo utilizando sua típica formula e abordando um assunto já tratado em outras obras (como A festa no céu de 2014) é possível trabalhar um mesmo tema sem repetir ou cansar seu espectador, entregando um filme recheado de musica e sentimentalismo.
 A história fala sobre Miguel, um menino de 12 anos, encontra-se em conflito quando seu grande sonho se resume ao maior tabu de sua família, o de tocar música. A família matriarcal reprova todo tipo de música levando-a como castigo, após a tataravó de Miguel ser abandonada por um musico que decidiu seguir seu sonho.
 Determinado como seu tataravô, ele decide lutar pela carreira, mas acaba parando no mundo dos mortos após desencadear uma série de eventos, tendo um dia para retornar ao mundo carnal.
 Todos os personagens possuem seu nível de particularidade e densidade, não apenas os conflitos de Miguel, como também as caractériscas únicas de seus familiares, todos são sapateiros, porém cada confecção revela um detalhe de suas personalidades. O personagem Hector é o mais interessante de todos, tendo sua história e complexidade revelada gradativamente ele nos guia no mundo dos mortos.
 Passando durante o dia do los muertos, uma das datas comemorativas mais relevantes do México, a importância da memória é demonstrada como um elo entre os dois mundos, para um espírito se manter “vivo” e visitar sua família ele não pode ser esquecido e ter sua imagem posta no altar.
 A interessante forma em que tratam a morte, mostrando suas diversas facetas sempre com leveza e simpatia sem nunca pesar ou ridicularizar para seu publico. (A morte por esquecimento é a mais instigante e dolorosa para mim em particular, pois passa a ideia de desaparecimento do que nos faz eternos na Terra).
 O trabalho de arte se sobressai, repleto de detalhes e com uma palheta multicolorida levando-o para um papel além da estética fotográfica, nos entregando pequenas informações que coagem em harmonia com a história, como a expressividade de cada personagem e o ambiente em que estão. Logo que introduzidos ao mundo dos mortos encontramos uma cidade quase que verticalizada que nos entrega o contraste entre aqueles que são lembrados e que são esquecidos, entre casas grandes e elaboradas para aqueles que possuem seus entes e palafitas para os que não.










Envolvendo-nos com beleza da cultura Mexicana com varias referencias a ícones mundialmente reconhecidos como Frida Kallo e as clássicas novelas dramáticas, é impossível não rir e chorar com um filme que nos oferece escapar de algo além do clichê american lifestyle e viver em um mundo muito além do nosso plano. 




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