sexta-feira, 23 de março de 2018

Truques para superar o bloqueio criativo

Todo escritor já passou por isso. Eu mesma já passei muitas vezes. Mas sempre que acontece comigo, eu uso uma dessas táticas e tudo se resolve. Então aqui vão alguns truques para te ajudar a superar o bloqueio criativo.

  • Ouça música.


Sim, música. Todo mundo gosta de música. Se você não gosta de música, você ainda não achou a música certa. Existem muitos gêneros e subgêneros para experimentar. Eu particularmente gosto de ouvir tanto no processo de pré-escrita, quanto no de escrita, e até durante a edição. Faz o meu trabalho fluir bem mais rápido.

Photo by Dmitry Bayer on Unsplash


  • Utilize ferramentas


  • Pinterest


Praticamente o meu santuário nos momentos de bloqueio criativo. Se você é um escritor, o Pinterest é o lugar perfeito para você. Lá, você encontra desde dicas de escrita, até imagens de possíveis cenários e personagens para a sua história. Uma coisa que eu gosto de fazer é criar pastas específicas para cada história, e uma pasta com ideias para histórias. Nessas pastas encontram-se imagens de cenários, rostos, objetos conectados à história, roupas que o personagem usaria, e até artigos relacionados com aquele livro.

  • Write or Die


Software gratuito (existe também a versão paga) para você escrever o seu livro. O sistema é assim: você define quantas palavras quer escrever e em quantos minutos quer escrevê-las, então clica em começar. Daí, você tem que começar a escrever. Se você ficar sem escrever nada por 10 segundos, a tela começa a apitar e ficar vermelha. Vai ficando cada vez mais vermelha e apitando cada vez mais alto, só para quando você escrever alguma coisa. É uma ótima ferramenta para escrever o primeiro rascunho, porque é quando você simplesmente precisa escrever alguma coisa, mesmo que saia ruim. É melhor editar uma coisa ruim do que não ter nada para editar, porque você não escreveu nada. Portanto, o Write or Die é uma ótima escolha.

  • Mude o cenário


Às vezes, simplesmente trocar de cômodo pode fazer a sua criatividade voltar. O cérebro se cansa de ficar olhando sempre os mesmos objetos nos mesmos lugares. Então tente mudar de lugar as coisas, ou mudar de lugar você mesmo.

  • Mude o formato


  • Tente escrever à mão


Não, você não precisa escrever o seu livro todo à mão. Mas não custa nada tentar escrever um parágrafo ou dois para ver se as palavras saem.

Photo by Thought Catalog on Unsplash


  • Troque a cor da letra


Se você não quiser escrever à mão, tente simplesmente trocar a cor da letra. Mas lembre-se de depois trocar para o preto de novo!

  • Faça um brainstorm


Esse particularmente é o meu favorito. Existem várias formas de fazer um brainstorm, mas eu vou falar aqui só de três.

  • Escrita livre


É exatamente o que parece. Pegue o teclado e comece a escrever. Qualquer coisa. Só coloque para fora tudo o que estiver pensando. Coisas relacionadas ao livro, coisas relacionadas à sua vida pessoal, qualquer coisa. Ninguém vai ver. Isso ajuda a liberar a criatividade.

  • Tópicos


Faça uma listinha simples de tudo o que estiver na sua mente. Mesmo processo da escrita livre, só que em vez de ser livre, ela é organizada em tópicos.

  • Mapa mental


Escreva o assunto principal no centro da página e vá puxando setas com conceitos e subconceitos. Pode ser do tamanho que você quiser.


  • Leia


Leia mais livros do seu gênero. Leia livros de outros gêneros. Leia livros sobre a escrita. Stephen King disse: “Se você não tem tempo para ler, você não tem tempo para escrever.” Aqui no blog tem várias dicas de livros.


  • Já tentou fazer um outline?


Talvez o seu problema seja que você não sabe o que vem em seguida na sua história. A solução para isso é simples. Outline. Em breve eu vou fazer um post só sobre outlines e quando eu fizer eu vou linkar aqui. Mas em resumo: um outline é o planejamento do que você vai escrever. Aqui no caso, estamos usando o livro como exemplo. Então no outline você vai colocar os principais eventos e conflitos que vão estar no livro. Um outline pode ir do mais simples ao mais complexo, de acordo com as suas preferências e necessidades. Se você fez um outline mais simples e está tendo bloqueio criativo, talvez seja uma boa tentar fazer um outline mais complexo.




E quanto a você? O que faz quando tem bloqueio criativo? Deixe as suas dicas nos comentários!

domingo, 18 de março de 2018

Entrevista com Bianca Vieira

O Universiantes conseguiu uma entrevista exclusiva com Bianca Vieira, autora do livro “Me Recordo Dela”. Ela fala sobre suas inspirações, como a escrita afetou a sua vida, suas coisas favoritas e muito mais. Confira a resenha do livro dela aqui.
E a entrevista abaixo:
Quando percebeu que queria ser escritora?
Não existiu um momento específico em que pensei em ser escritora, porque sempre gostei muito de escrever e já queria isso desde criança. No entanto o meu desejo de ser publicada nasceu por volta dos meus dez ou onze anos, pois adorava escrever poesias, além de lê-las também.
Que livros você considera essenciais? Foi inspirada por algum autor?
Acredito que aqueles livros "essenciais" ainda são os clássicos da literatura, os quais somos obrigados a ler na escola, infelizmente ou felizmente para muitos, como eu. Eles fornecem uma base sem igual para qualquer pessoa que estima a escrita e deseja seguir a carreira de escritor. Todavia depois de muita leitura, já podemos discernir melhor e finalmente encontramos os nossos autores favoritos, aqueles responsáveis por nos motivar a escrever. Eu cultivo um carinho especial por Augusto dos Anjos, Paulo Leminski, Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector, Victor Hugo, Júlio Verne, Shakespeare e dos contemporâneos, admiro muito o trabalho do David Nicholls. A junção de todas essas leituras constitui a minha inspiração, não apenas um autor específico.
Algum conselho para novos escritores?
Não peça conselhos (sério). Deixe para fazer isso apenas após terminar a sua obra ou perderá totalmente a sua essência, algo que sempre deve manter em primeiro plano. Um escritor sem paixão é como um ator que esquece as suas falas no palco e o espectador/leitor sempre percebe quando o artista não se entregou totalmente. Simplesmente escreva e sinta-se livre para isso. Lembre-se de que o profissionalismo é um processo lento e surge através da necessidade de evoluir, aperfeiçoando aquilo que se produz.
Bianca Vieira 
As suas crônicas do livro "me recordo dela" são de um cunho muito pessoal. Como foi se expor dessa maneira?
Não foi difícil, porque não sou mais aquela garota (risos). Todos os textos do livro foram escritos para o meu blog e eu era bastante ingênua, na época só queria desabafar, não me preocupava muito com o que pensariam ao meu respeito. Quando o montei, foi como se grande parte de mim estivesse nele e de repente tudo aquilo que sentia havia terminado ali, naquelas páginas. Aprendi muitas coisas com as minhas próprias palavras e percebi que não era mais a mesma pessoa que o escreveu, logo, não teria problemas em expor isso, porque foi meio que uma forma de não me esquecer daquilo que fui um dia. Ademais, o escrevi nos momentos em que me senti bastante sozinha, então pensei nos outros que poderiam lê-lo e sentirem-se abraçados, compreendidos e, de certa forma, enxergarem que não estão abandonados no mundo, sem ninguém que os entenda em suas dores internas.  =)
Atualmente é muito difícil publicar um livro. Quais foram os seus maiores desafios nesse quesito?
Bom, para mim, o maior desafio foi o financeiro (risos). O mercado editorial no Brasil é bastante caro e os retornos praticamente não existem, ou seja, não escreva um livro imaginando ser a nova J.K. Rowling ou o new Paulo Coelho, porque isso não vai rolar (mais risos). Além disso, ser um autor iniciante e sem o mínimo de "fama" é um pouco pior, pois é um caminho árduo e difícil, porém, acredito que todos passam por isso, é inevitável.
Como a escrita afetou a sua vida?
A escrita afetou e afeta a minha vida das melhores formas possíveis. Foi através dela que criei o meu primeiro e único blog, o Estrambotices; Encarei os meus maiores medos, a timidez, desenvolvi a minha própria filosofia de vida, aprendi a pensar por mim mesma, descobri uma nova paixão e me tornei mais forte.
No seu livro "me recordo dela", você menciona várias vezes o piano. Costuma escutar (piano ou outro tipo de música) enquanto escreve?
Sabe que nem percebi isso? Na verdade, eu toco piano e isso me inspira em tudo o que faço. Não tenho o hábito de escutar nada além do som das minhas mãos batendo no teclado enquanto escrevo.
Usa algum app ou ferramenta como auxílio no processo de escrita?
Sim. Além do clássico word e suas ferramentas, estou sempre com o dicionário online e não só o de significado, mas o de sinônimos e antônimos também; Após digitar os textos, costumo usar o LanguageTool para refinar mais o conteúdo e faço aquela leitura crítica ao final; Outra coisa muito importante é reler a mesma coisa um mês depois, porque até lá já esqueci o que havia escrito e enxergo tudo com o olhar de leitor.
Curiosidades
Bandas favoritas
My chemical romance, Engenheiros do Hawaii e Fresno. Geralmente escuto mais música erudita, mas essas são as bandas que ainda gosto.
Séries favoritas
Gossip Girl, The Vampire Diaries, Pretty Little Liars, Os originais, Desperate Housewives, Drop Dead Diva e já assisti várias outras que não vou me lembrar. (risos)
No momento, AMO assistir Gossip Girl e já revi The Vampire Diaries duas vezes!
Filmes favoritos
Em busca da Terra do Nunca, O fabuloso destino de Amélie Poulain, Educação, Morangos Silvestres, 500 days of Summer e O brilho eterno de uma mente sem lembranças.
Canais de YouTube favoritos (se tiver)
Eu não possuo canais favoritos, porque meio que acompanho os que mais me identifico no momento, ou seja, é algo que varia muito e não sou fã de youtubers (risos). No momento, adoro os vídeos que a Heydebee produz, todavia, sou mais ligada em canais de viagem e de conteúdos educacionais, como os da Cintya Sabino, Cintia disse, sigo alguns canais de intercâmbio que não marco o nome e foco mais nos de musicistas que admiro. Enfim, nada fixo.
Costuma assistir booktubers ou authortubers? Se sim, quais?
Sim. Sigo a Vevsvaladares desde os meus treze anos. Hoje em dia sigo outros, mas nada que eu marque o nome.
Blogs favoritos?
Adorava o Conspirantes, pena que ele não existe mais. Atualmente, sempre faço uma visita ao blog da Heydebee, da Sophie Samie Safarti e qualquer outro que termine por gostar (nada fixo, se gostar, sigo e acompanho sempre que posso), já que sou bem velha na blogosfera e os meus favoritos foram desativados. :/
Lê alguma revista? Se sim, quais?

Só revistas online, mas nada do tipo fã. Gosto muito da revista Cult e recebo em casa uma chamada Minas faz ciência, todavia, não considero muito, pois só leio vez ou outra.


E você? Já leu algo da autora? O que achou da entrevista? Deixe nos comentários!

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

A capacidade empática de “me recordo dela”, da Bianca Vieira

“Fui convidada por mim mesma a refletir sobre a importância que é “ser”. Ser uma pessoa melhor, ser alguém de verdade. Procuro pessoas de alma, que saibam desfrutar o requinte que é serem elas mesmas, sem a necessidade de usarem máscaras.”



Esse é um dos trechos belamente escritos que podem ser encontrados no livro “Me recordo dela”, da brasileira Bianca Vieira.

A autora escreve com maestria e sensibilidade sobre assuntos como adolescência, bullying, pessoas, sentimentos e solidão.

Durante a leitura, tive um misto de sensações. Dentre elas, destaco a nostalgia. Muitas das crônicas pareceram um retrato quase preciso da minha infância e adolescência. Também senti tristeza, conforto e empatia.

Dentre os vários pontos positivos da obra, acredito que é importante destacar a sensibilidade e a bela escolha de palavras.

Por outro lado, em alguns momentos eu senti que as crônicas ficavam repetitivas e muito melancólicas, o que me incomodou um pouco.

Para mim, o ponto mais alto do livro foi a capacidade empática dele. Enquanto eu lia, me sentia acolhida, como se alguém me compreendesse. Recomendo a leitura principalmente para adolescentes que procuram seu lugar no mundo e sentem que ninguém entende os seus problemas.

Em breve terá uma entrevista com Bianca Vieira aqui no blog. Fique ligado!

E você? Leu o livro? Quais foram as suas impressões? Deixe sua opinião nos comentários!

domingo, 4 de fevereiro de 2018

Resenha crítica - O rei do show

Título original: The greatest showman
Direção: Michael Gracey

Queridos universiantes,

 P.T Barnum, representado pela ótima atuação de Hugh Jackman, é conhecido por ser o excêntrico homem que criou o nosso atual conceito de circo, sendo um dos pais do showbusiness. Ele ganha sua história em uma forma romantizada, oferecendo uma trama encantadora que propõe envolvê-lo de sonhos e conflitos sociais.
É um filme que não agrada a crítica, mas que para todos os outros pode ser espetacular. Tendo tudo para ser uma história marcante, “O Rei do Show” perde parte de seu potencial com cenas corridas e rasa abordagem dos conflitos expostos, sendo salvo por toda a magnitude e beleza das músicas e de sua produção.

 Lidando com uma diversidade de assuntos como, racismo, preconceito, cegueira para conquistar um sonho, e com as variadas interpretações da arte, a história central do filme tinha tudo para gerar grandes debates, contudo o acelerado ritmo causou não apenas o risco de seus espectadores não se conectarem com a história como também superficializou toda a temática envolvida.
Uma das quais que não pode passar batido é sobre o conceito da arte, pois ao criar seu show, Barnum quebra a tradição conceitual de apresentação artística, tendo a presença do personagem de James Gordon Bennet (Paul Sparks) como crítico artístico que sempre ressalta que as peculiares apresentações de Barnum não são artísticas ao seu mundo, assumindo, contudo que o show traz alegria às pessoas.
Um dos resgates do filme está na enorme qualidade das músicas produzida pelo mesmo grupo que compôs as encantadoras melodias de La La Land: Greg Wells, Justin Paul, Benj Pasek, que demonstram mais uma vez a competência de sua arte, sem nunca parecerem repetitivos.
 Os cenários e as incríveis atuações do elenco se responsabilizaram por guiar a intensidade de toda a obra trazendo a qualidade e a magia que propõe. Não há necessidade de falar da excelência não só de Hugh Jackman que já possui experiência com musicais (Os Miseráveis-2012) mas também Michelle Williams, que rouba as cenas interpretando Charity, a esposa fiel e forte de Barnum que sempre o apoiou em suas ideias. Outra figura importante é a da personagem Anne Wheeler, que possui uma presença marcante. Não costumo gostar das atuações de Zendaya, mas é inevitável reparar na força que sua personagem ganha com sua voz. Isso faz com que a história se torne envolvente o suficiente até para quem não é exigente ao mundo do cinema.

Particulamente, mesmo com todos os problemas na direção, o filme pode não ser digno de Oscar, mas me encantou o suficiente para o reassistir em dias felizes.

Nota pessoal: vocês acreditam que o Zac Efron já está com 30 anos?




segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Resenha - Viva a vida é uma festa





Título Original : Coco

Caros universiantes,
Como vão todos? Há alguns dias fui ao cinema assistir, Viva a vida é uma festa, o novo filme da Pixar dirigido por Lee Unkrich com o roteiro de Matthew Aldrinch que nos entrega um filme para todas as idades.
 Aqui a pixar mostra que, mesmo utilizando sua típica formula e abordando um assunto já tratado em outras obras (como A festa no céu de 2014) é possível trabalhar um mesmo tema sem repetir ou cansar seu espectador, entregando um filme recheado de musica e sentimentalismo.
 A história fala sobre Miguel, um menino de 12 anos, encontra-se em conflito quando seu grande sonho se resume ao maior tabu de sua família, o de tocar música. A família matriarcal reprova todo tipo de música levando-a como castigo, após a tataravó de Miguel ser abandonada por um musico que decidiu seguir seu sonho.
 Determinado como seu tataravô, ele decide lutar pela carreira, mas acaba parando no mundo dos mortos após desencadear uma série de eventos, tendo um dia para retornar ao mundo carnal.
 Todos os personagens possuem seu nível de particularidade e densidade, não apenas os conflitos de Miguel, como também as caractériscas únicas de seus familiares, todos são sapateiros, porém cada confecção revela um detalhe de suas personalidades. O personagem Hector é o mais interessante de todos, tendo sua história e complexidade revelada gradativamente ele nos guia no mundo dos mortos.
 Passando durante o dia do los muertos, uma das datas comemorativas mais relevantes do México, a importância da memória é demonstrada como um elo entre os dois mundos, para um espírito se manter “vivo” e visitar sua família ele não pode ser esquecido e ter sua imagem posta no altar.
 A interessante forma em que tratam a morte, mostrando suas diversas facetas sempre com leveza e simpatia sem nunca pesar ou ridicularizar para seu publico. (A morte por esquecimento é a mais instigante e dolorosa para mim em particular, pois passa a ideia de desaparecimento do que nos faz eternos na Terra).
 O trabalho de arte se sobressai, repleto de detalhes e com uma palheta multicolorida levando-o para um papel além da estética fotográfica, nos entregando pequenas informações que coagem em harmonia com a história, como a expressividade de cada personagem e o ambiente em que estão. Logo que introduzidos ao mundo dos mortos encontramos uma cidade quase que verticalizada que nos entrega o contraste entre aqueles que são lembrados e que são esquecidos, entre casas grandes e elaboradas para aqueles que possuem seus entes e palafitas para os que não.










Envolvendo-nos com beleza da cultura Mexicana com varias referencias a ícones mundialmente reconhecidos como Frida Kallo e as clássicas novelas dramáticas, é impossível não rir e chorar com um filme que nos oferece escapar de algo além do clichê american lifestyle e viver em um mundo muito além do nosso plano. 




quinta-feira, 26 de outubro de 2017

10 motivos para assistir Doctor Who

Apresento aqui uma das minhas séries favoritas, e 10 motivos para assisti-la. 



1.       David Tennant
2.       Capitão Jack Harkness
3.       TARDIS
4.       Viagens no tempo
5.       Universos paralelos
6.       Personagens incríveis
7.       Relações de amizade maravilhosas
8.       Atuações
9.       Aparição de pessoas que existiram
10.   Misto sensacional de ficção científica, aventura, drama e comédia 


Então, depois dessa não tem como não ir correndo assistir né. 
-Sofia

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Evolução

Todas as noites o sono nos atira da beira de um cais
e ficamos repousando no fundo do mar.
O mar onde tudo recomeça...
Onde tudo se refaz...
Até que, um dia, nós criaremos asas.
E andaremos no ar como se anda em terra.

Mário Quintana

domingo, 20 de agosto de 2017

Gilmore Girls e as relações familiares

Tudo começou em janeiro de 2016, quando eu iniciei a minha jornada no mundo de Gilmore Girls. Assisti todas as sete temporadas em cerca de 2 meses, e desde então foi só amor. Quando chegou outubro de 2016, eu acabei reassistindo a série toda de novo, só que dessa vez com os meus pais. Eles obviamente amaram a série tanto quanto eu, e ela se tornou assunto de café da manhã e almoço. Do nada alguém fala: isso é tão Lorelai. Minha mãe é muito parecida com a Emily, meu pai com o Richard, já eu sou uma mistura muito louca de Luke, Rory e Lorelai.
Rory, Lorelai e Luke
Gilmore Girls é uma série que marca muito por mostrar as diversas relações familiares. De um lado temos Rory e Lorelai, uma relação muito próxima de mãe e filha; do outro temos Emily e Lorelai, mãe e filha com uma relação cheia de picuinhas. Porém nem tudo é tão preto no branco. Ao mesmo tempo que Lorelai é uma mulher rebelde que se esforça ao máximo para ser diferente dos pais, ela acaba criando a filha da mesma forma que os pais criaram ela: com expectativas de que ela vá para uma faculdade de elite. Como a própria Lorelai falou em um episódio, ela cria a Rory desde pequeninha para querer ir para Havard, do mesmo jeito que Emily e Richard criaram ela desde pequeninha para ser uma dama da alta sociedade de Hartford.
Lorelai e Rory

Lorelai e Emily
Mas não pensem que eu estou julgando a Lorelai por isso. Pelo contrário, eu acho ela uma personagem genial, justamente por representar todo esse complexo de relações familiares que existem no mundo. Ela usa de toda o seu maravilhoso sarcasmo para criticar um sistema que ela não sabe se a filha realmente odeia tanto quanto ela. É muito comum na série ver cenas em que Emily sugere uma coisa para Rory, e Lorelai já presume que Rory vai odiar, mesmo isso nem sempre sendo verdade. Por exemplo no episódio que Richard leva Rory para jogar golfe, ou no episódio do baile.
Outro episódio interessantíssimo para abordar isso, é aquele em que Emily se irrita com Rory por motivo X e acaba por engano chamando ela de Lorelai. Nesse momento nós vemos o quanto elas podem ser bem parecidas, apesar de serem bem diferentes.
Rory e Emily


De um jeito ou de outro, nós temos Emily, Lorelai e Rory, três mulheres inteligentes e sensacionais, que convivem entre si, e são essas relações entre elas que fazem de Gilmore Girls uma das minhas séries favoritas.
Rory, Emily e Lorelai

Por Sofia

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Infinitude

Decidi que uma vez por semana vou postar uma poesia aqui.
Então aqui vai a de hoje, Infinitude de S.Castle :

Infinitude

O tempo passa
Perdida no tempo
Perdida em si mesma
Seria ela o próprio tempo?

A caixa viajante
Rodava e rodava
Adentrava o infinito
E o infinito virava


S. Castle

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Merlí, O Mundo de Sofia, a filosofia nas escolas e a importância de estimular o pensar.

Acabei de terminar de assistir a primeira temporada da série da Catalunha, Merlí. E não pude deixar de fazer um paralelo com a situação atual do Brasil, em que o Governo quer tirar a filosofia das escolas. E não, eu não acho que as coisas devam continuar do jeito que estão, eu penso que a filosofia deve sim ser ensinada nas escolas, mas definitivamente não do jeito que é ensinada hoje.
Mas vamos começar do começo. Merlí conta a história de um professor de filosofia, interpretado por Francesc Orella, que usa métodos diferentes dos convencionais para ensinar seus alunos. Isso acaba causando discórdias entre ele e o resto do corpo docente, que não concorda com as suas técnicas. Porém, continua sendo admirado pela maioria dos estudantes. A metodologia de Merlí se baseia principalmente em estimular os alunos a pensarem por si mesmos, saindo do padrão exigido pela escola.

Sob uma ótica parecida, nós temos o livro norueguês O Mundo de Sofia, em que uma garota de 14 anos começa a se interessar por filosofia após receber algumas cartas misteriosas de um professor de filosofia, também nada convencional, falando um pouco da matéria para ela. Junto a essas cartas, ela recebe também bilhetes com perguntas filosóficas, que estimulam ela a pensar.


Daí nós temos a filosofia do Ensino Médio brasileiro. Uma filosofia completamente baseada em decorar e em fazer os alunos passarem no vestibular. Mas a verdadeira essência da filosofia, que consiste na reflexão sobre todos os acontecimentos que nos circundam diariamente, acaba se perdendo em meio a tantos decorebas que são impostos pela escola.

Talvez os educadores e os governantes devessem assistir Merlí e ler O Mundo de Sofia; quem sabe então a educação do país não melhorava um pouco e gerava seres pensantes, capazes de argumentar e de tornar o Brasil uma nação melhor.
E você, o que acha a respeito disso? Já assistiu a série ou leu o livro? Gostou? Deixa sua opinião nos comentários.

Por Sofia

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Sobre portais mágicos

Guarda-roupa, toca do coelho, casa voadora, plataforma 9 ¾, a segunda estrela à direita e sempre em frente até o amanhecer. São muitas as maneiras de passar do nosso mundo para um outro muito mais mágico e definitivamente muito mais legal. Esses portais dão vida às histórias e conectam uma realidade monótona com uma aventura fantástica.
Os irmãos Pevensie, Alice, Dorothy, Harry e os irmãos Darling se encontravam nas suas monotonias de sempre até que houve o famoso chamado pra aventura. Joseph Campbell, fala em seu livro “O herói de mil faces” sobre a jornada do herói, ou monomito. O passo 5 dessa jornada é justamente o cruzamento do primeiro portal ou travessia do primeiro limiar. A importância disso é muito grande, pois é a representação do herói abandonando o seu mundo comum para adentrar o mundo mágico e seguir a aventura que será a história em si.
É muito comum que os leitores se apeguem a esses portais como os representantes da aventura como um todo. Vide as diversas camisetas com a imagem da plataforma 9 ¾, ou as figuras que rodam pelo tumblr do guarda-roupa de Nárnia, de Peter Pan voando com os irmãos Darling, da toca do coelho, etc.







O mundo comum faz as pessoas se identificarem com os personagens, os portais são os sonhos das pessoas se realizando através dos personagens. É claro que depois de passar pelo primeiro limiar os personagens enfrentam muitos perigos que faz com que eles desejassem nunca ter iniciado a aventura, mas afinal o que é uma aventura sem perigos?
Também é possível fazer um paralelo do portal com o nascimento, e da aventura com a vida. Afinal a vida é cheia de venturas e desventuras que nós enfrentamos, assim como Harry Potter enfrenta Voldemort, Dorothy enfrenta a bruxa malvada do Oeste e os irmãos Pevensie enfrentam a feiticeira branca.

Qual o seu portal favorito? Qual o seu mundo fantástico favorito? Deixe nos comentários!

Por  Sofia

Truques para superar o bloqueio criativo

Todo escritor já passou por isso. Eu mesma já passei muitas vezes. Mas sempre que acontece comigo, eu uso uma dessas táticas e tudo se reso...