domingo, 20 de agosto de 2017

Gilmore Girls e as relações familiares

Tudo começou em janeiro de 2016, quando eu iniciei a minha jornada no mundo de Gilmore Girls. Assisti todas as sete temporadas em cerca de 2 meses, e desde então foi só amor. Quando chegou outubro de 2016, eu acabei reassistindo a série toda de novo, só que dessa vez com os meus pais. Eles obviamente amaram a série tanto quanto eu, e ela se tornou assunto de café da manhã e almoço. Do nada alguém fala: isso é tão Lorelai. Minha mãe é muito parecida com a Emily, meu pai com o Richard, já eu sou uma mistura muito louca de Luke, Rory e Lorelai.
Rory, Lorelai e Luke
Gilmore Girls é uma série que marca muito por mostrar as diversas relações familiares. De um lado temos Rory e Lorelai, uma relação muito próxima de mãe e filha; do outro temos Emily e Lorelai, mãe e filha com uma relação cheia de picuinhas. Porém nem tudo é tão preto no branco. Ao mesmo tempo que Lorelai é uma mulher rebelde que se esforça ao máximo para ser diferente dos pais, ela acaba criando a filha da mesma forma que os pais criaram ela: com expectativas de que ela vá para uma faculdade de elite. Como a própria Lorelai falou em um episódio, ela cria a Rory desde pequeninha para querer ir para Havard, do mesmo jeito que Emily e Richard criaram ela desde pequeninha para ser uma dama da alta sociedade de Hartford.
Lorelai e Rory

Lorelai e Emily
Mas não pensem que eu estou julgando a Lorelai por isso. Pelo contrário, eu acho ela uma personagem genial, justamente por representar todo esse complexo de relações familiares que existem no mundo. Ela usa de toda o seu maravilhoso sarcasmo para criticar um sistema que ela não sabe se a filha realmente odeia tanto quanto ela. É muito comum na série ver cenas em que Emily sugere uma coisa para Rory, e Lorelai já presume que Rory vai odiar, mesmo isso nem sempre sendo verdade. Por exemplo no episódio que Richard leva Rory para jogar golfe, ou no episódio do baile.
Outro episódio interessantíssimo para abordar isso, é aquele em que Emily se irrita com Rory por motivo X e acaba por engano chamando ela de Lorelai. Nesse momento nós vemos o quanto elas podem ser bem parecidas, apesar de serem bem diferentes.
Rory e Emily


De um jeito ou de outro, nós temos Emily, Lorelai e Rory, três mulheres inteligentes e sensacionais, que convivem entre si, e são essas relações entre elas que fazem de Gilmore Girls uma das minhas séries favoritas.
Rory, Emily e Lorelai

Por Sofia

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Infinitude

Decidi que uma vez por semana vou postar uma poesia aqui.
Então aqui vai a de hoje, Infinitude de S.Castle :

Infinitude

O tempo passa
Perdida no tempo
Perdida em si mesma
Seria ela o próprio tempo?

A caixa viajante
Rodava e rodava
Adentrava o infinito
E o infinito virava


S. Castle

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Merlí, O Mundo de Sofia, a filosofia nas escolas e a importância de estimular o pensar.

Acabei de terminar de assistir a primeira temporada da série da Catalunha, Merlí. E não pude deixar de fazer um paralelo com a situação atual do Brasil, em que o Governo quer tirar a filosofia das escolas. E não, eu não acho que as coisas devam continuar do jeito que estão, eu penso que a filosofia deve sim ser ensinada nas escolas, mas definitivamente não do jeito que é ensinada hoje.
Mas vamos começar do começo. Merlí conta a história de um professor de filosofia, interpretado por Francesc Orella, que usa métodos diferentes dos convencionais para ensinar seus alunos. Isso acaba causando discórdias entre ele e o resto do corpo docente, que não concorda com as suas técnicas. Porém, continua sendo admirado pela maioria dos estudantes. A metodologia de Merlí se baseia principalmente em estimular os alunos a pensarem por si mesmos, saindo do padrão exigido pela escola.

Sob uma ótica parecida, nós temos o livro norueguês O Mundo de Sofia, em que uma garota de 14 anos começa a se interessar por filosofia após receber algumas cartas misteriosas de um professor de filosofia, também nada convencional, falando um pouco da matéria para ela. Junto a essas cartas, ela recebe também bilhetes com perguntas filosóficas, que estimulam ela a pensar.


Daí nós temos a filosofia do Ensino Médio brasileiro. Uma filosofia completamente baseada em decorar e em fazer os alunos passarem no vestibular. Mas a verdadeira essência da filosofia, que consiste na reflexão sobre todos os acontecimentos que nos circundam diariamente, acaba se perdendo em meio a tantos decorebas que são impostos pela escola.

Talvez os educadores e os governantes devessem assistir Merlí e ler O Mundo de Sofia; quem sabe então a educação do país não melhorava um pouco e gerava seres pensantes, capazes de argumentar e de tornar o Brasil uma nação melhor.
E você, o que acha a respeito disso? Já assistiu a série ou leu o livro? Gostou? Deixa sua opinião nos comentários.

Por Sofia

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Sobre portais mágicos

Guarda-roupa, toca do coelho, casa voadora, plataforma 9 ¾, a segunda estrela à direita e sempre em frente até o amanhecer. São muitas as maneiras de passar do nosso mundo para um outro muito mais mágico e definitivamente muito mais legal. Esses portais dão vida às histórias e conectam uma realidade monótona com uma aventura fantástica.
Os irmãos Pevensie, Alice, Dorothy, Harry e os irmãos Darling se encontravam nas suas monotonias de sempre até que houve o famoso chamado pra aventura. Joseph Campbell, fala em seu livro “O herói de mil faces” sobre a jornada do herói, ou monomito. O passo 5 dessa jornada é justamente o cruzamento do primeiro portal ou travessia do primeiro limiar. A importância disso é muito grande, pois é a representação do herói abandonando o seu mundo comum para adentrar o mundo mágico e seguir a aventura que será a história em si.
É muito comum que os leitores se apeguem a esses portais como os representantes da aventura como um todo. Vide as diversas camisetas com a imagem da plataforma 9 ¾, ou as figuras que rodam pelo tumblr do guarda-roupa de Nárnia, de Peter Pan voando com os irmãos Darling, da toca do coelho, etc.







O mundo comum faz as pessoas se identificarem com os personagens, os portais são os sonhos das pessoas se realizando através dos personagens. É claro que depois de passar pelo primeiro limiar os personagens enfrentam muitos perigos que faz com que eles desejassem nunca ter iniciado a aventura, mas afinal o que é uma aventura sem perigos?
Também é possível fazer um paralelo do portal com o nascimento, e da aventura com a vida. Afinal a vida é cheia de venturas e desventuras que nós enfrentamos, assim como Harry Potter enfrenta Voldemort, Dorothy enfrenta a bruxa malvada do Oeste e os irmãos Pevensie enfrentam a feiticeira branca.

Qual o seu portal favorito? Qual o seu mundo fantástico favorito? Deixe nos comentários!

Por  Sofia

terça-feira, 15 de agosto de 2017

8 pais da ficção

-Danny Tanner de Full House
Após ficar viúvo, Danny conta com a ajuda de seu cunhado, Jesse, e seu melhor amigo, Joey, para cuidar das suas três filhas: DJ, Stephanie e Michelle. Ele é um pai amoroso, carinhoso e adora um abraço.

-David Gilmour de O Clube do Filme
O livro conta a história desse pai que tira o filho adolescente, Jesse, da escola, e passa a ensinar a ele sobre as coisas da vida através de filmes. Pelo menos três vezes por semana, os dois assistem filmes e aproveitam para conversar sobre a obra e sobre suas vidas.


-Sandy Cohen de The O.C
Tanto para Seth quanto para Ryan, Sandy foi um pai maravilhoso. O advogado estava sempre tirando os dois de confusão, sem deixar de ser firme quando necessário.


-Ned Stark de Game of Thrones
Em uma época de muita violência e perigos, e em uma região com invernos rigorosos e pessoas tão frias quanto eles, Ned Stark sempre coloca os interesses dos filhos em primeiro lugar. Robb, Sansa, Arya, Bran, Rickon e até o bastardo Jon Snow tiveram sorte de ter um pai como ele, ainda mais porque não há muitos pais modelares em Westeros.


-Phill Dunphy, Cameron Tucker e Mitchell Pritchett de Modern Family
O primeiro é pai de Haley, Alex e Luke. Os dois últimos são pais de Lily. Os três são sempre muito afetivos e passaram por aventuras divertidíssimas com suas respectivas proles.


-Atticus Finch de O Sol é Para Todos
A história do livro é sobre Atticus. Um advogado incumbido de defender um homem negro acusado de estuprar uma garota branca no sul dos Estados Unidos dos anos 30. Além disso, Atticus também é responsável por cuidar dos seus dois filhos, Jem e Scout. O advogado é aquele típico pai que sempre fala pros filhos fazerem a coisa certa, independente do que a sociedade possa pensar.



Que outros pais da ficção você gosta? Deixe nos comentários!

Por Sofia

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

As crônicas de gelo e fogo/game of thrones e as suas semelhanças com a realidade.

Adoro conhecer novos mundos através da literatura e das séries. É como viajar sem sair do lugar, é ver paisagens maravilhosas, conhecer pessoas sensacionais, entrar em batalhas sangrentas sem precisar quebrar uma unha.
Acabei de assistir o episódio 5 da sétima temporada de Game of Thrones e percebi uma coisa: a capacidade de um ser humano de criar um mundo completamente distinto do nosso é impressionante. Mas foi aí que eu me toquei que não. Não é um mundo completamente distinto do nosso. Existem as dessemelhanças, existem sim, mas se você for prestar atenção, verá que quase todas as coisas que acontecem nesses mundos fantásticos que vemos em diversas obras, são espelhos com aspectos mágicos da nossa própria realidade.
Pessoas se matando pra lá e pra cá, jogos políticos, guerras entre famílias e intrafamiliares, zumbis e dragões. Fora os zumbis de gelo e os dragões, tudo isso aconteceu ao longo de vários séculos na história do nosso planeta.
Por exemplo: você sabia que a Guerra das Rosas inspirou George R.R. Martin a escrever a série de livros? Ou que os povos dothraki são baseados em povos asiáticos conhecidos como mongóis? Que o mapa de Westeros pode ser baseado no mapa da Inglaterra? Além disso a tensão entre os Velhos Deuses e os Novos Deuses pode ser inspirada na tensão entre os cristãos e pagãos, e existem teorias de que a muralha pode ser uma versão bem maior e mais mágica da Parede de Hadrian ou Muralha de Adriano. 
mapas da Inglaterra e de Westeros
Parede de Hadrian ou Muralha de Adriano
Dothraki
Mongóis
Que outras semelhanças com a história do mundo você observou em Game of Thrones? Deixe nos comentários!
Saiba mais:
Para saber mais sobre a Guerra das Rosas, é interessante assistir a série The White Queen, da BBC.
Para saber mais sobre os mongóis, é legal ver a série Marco Polo, da Netflix.

Por Sofia



sexta-feira, 4 de agosto de 2017

"Todo dia" - David Levithan

“É somente nos pontos mais delicados que fica complicado e controverso, a incapacidade de perceber que, não importa qual nossa religião, sexo, raça ou localização geográfica, todos nós temos cerca de 98 por cento em comum com todos os outros... Por uma razão qualquer, nós nos concentramos nos dois por cento de diferença, e a maior parte dos conflitos que acontece no mundo é consequência disso.”
Todo dia, do David Levithan traz não só essa, como outros tipos de reflexões sensacionais sobre o mundo, as pessoas e o amor.
O livro conta a história de ‘A’, uma espécie de “ser” que acorda a cada dia no corpo de uma pessoa diferente. Essa pessoa pode ser homem, mulher, hétero, gay, lésbica, trans, gordo, magro, bonito, feio, nerd, popular... ‘A’ já acordou no corpo de todo tipo de pessoa.
A trama se dá início quando ‘A’ acorda dentro do corpo de Justin, um adolescente que tem um relacionamento abusivo com uma garota chamada Rhiannon, por quem ‘A’ acaba se apaixonando. A cada dia, em qualquer corpo que esteja, os pensamentos de ‘A’ só conseguem ir para Rhiannon.‘A’ quer salvá-la desse relacionamento, ao mesmo tempo que lida com o fato de acordar todo dia em um corpo diferente.
“Todo dia” é um ótimo livro para quebrar preconceitos e abrir a mente.
“Se você olhar para o centro do universo, existe frieza lá.  No final das contas, o universo não se importa conosco. O tempo não se importa conosco. É por esse motivo que temos que cuidar um do outro” – David Levithan em ‘Todo dia’.

Livro espetacular. Entrou para os favoritos da vida.
Sofia

terça-feira, 1 de agosto de 2017

"Não sou uma dessas" - Lena Dunham

O que posso dizer sobre esse livro maravilhoso? Bem, ele é uma autobiografia da Lena Dunham, criadora e roteirista da série Girls. Dividido em 5 seções (Amor e sexo, corpo, amizade, trabalho e panorama), “Não sou uma dessas” conta com maestria sobre como é a vida de uma mulher que trabalha no mundo do entretenimento. Mas a autora nos mostra como foi desde a sua infância, passando pela adolescência, faculdade, até os grandes empecilhos da vida adulta.
Lena conta da sua relação com os pais, com os amigos, com os namorados, tudo de uma maneira tão próxima, que me fez sentir como se fosse amiga dela, como se ela estivesse do meu lado, contando só pra mim.
Na tag dos 50%, uma das perguntas foi: um livro que te deixou feliz nesse primeiro semestre. Na hora eu respondi “Não sou uma dessas”, o livro é do tipo que deixa a pessoa sorrindo em ler aquelas palavras, é divertido, amigável. Apesar de em alguns momentos falar de assuntos sérios, como relacionamentos abusivos, a obra não perde a sua leveza.
“Não há nada mais corajoso para mim do que uma pessoa anunciar que sua história merece ser contada, sobretudo se essa pessoa é uma mulher.” (...) “Mas eu quero contar minhas histórias e, mais do que isso, preciso fazê-lo para manter minha sanidade mental.” – Lena Dunham na introdução de seu livro. 

Amei a leitura! Recomendadíssimo. 
Sofia

Truques para superar o bloqueio criativo

Todo escritor já passou por isso. Eu mesma já passei muitas vezes. Mas sempre que acontece comigo, eu uso uma dessas táticas e tudo se reso...