terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

A capacidade empática de “me recordo dela”, da Bianca Vieira

“Fui convidada por mim mesma a refletir sobre a importância que é “ser”. Ser uma pessoa melhor, ser alguém de verdade. Procuro pessoas de alma, que saibam desfrutar o requinte que é serem elas mesmas, sem a necessidade de usarem máscaras.”



Esse é um dos trechos belamente escritos que podem ser encontrados no livro “Me recordo dela”, da brasileira Bianca Vieira.

A autora escreve com maestria e sensibilidade sobre assuntos como adolescência, bullying, pessoas, sentimentos e solidão.

Durante a leitura, tive um misto de sensações. Dentre elas, destaco a nostalgia. Muitas das crônicas pareceram um retrato quase preciso da minha infância e adolescência. Também senti tristeza, conforto e empatia.

Dentre os vários pontos positivos da obra, acredito que é importante destacar a sensibilidade e a bela escolha de palavras.

Por outro lado, em alguns momentos eu senti que as crônicas ficavam repetitivas e muito melancólicas, o que me incomodou um pouco.

Para mim, o ponto mais alto do livro foi a capacidade empática dele. Enquanto eu lia, me sentia acolhida, como se alguém me compreendesse. Recomendo a leitura principalmente para adolescentes que procuram seu lugar no mundo e sentem que ninguém entende os seus problemas.

Em breve terá uma entrevista com Bianca Vieira aqui no blog. Fique ligado!

E você? Leu o livro? Quais foram as suas impressões? Deixe sua opinião nos comentários!

domingo, 4 de fevereiro de 2018

Resenha crítica - O rei do show

Título original: The greatest showman
Direção: Michael Gracey

Queridos universiantes,

 P.T Barnum, representado pela ótima atuação de Hugh Jackman, é conhecido por ser o excêntrico homem que criou o nosso atual conceito de circo, sendo um dos pais do showbusiness. Ele ganha sua história em uma forma romantizada, oferecendo uma trama encantadora que propõe envolvê-lo de sonhos e conflitos sociais.
É um filme que não agrada a crítica, mas que para todos os outros pode ser espetacular. Tendo tudo para ser uma história marcante, “O Rei do Show” perde parte de seu potencial com cenas corridas e rasa abordagem dos conflitos expostos, sendo salvo por toda a magnitude e beleza das músicas e de sua produção.

 Lidando com uma diversidade de assuntos como, racismo, preconceito, cegueira para conquistar um sonho, e com as variadas interpretações da arte, a história central do filme tinha tudo para gerar grandes debates, contudo o acelerado ritmo causou não apenas o risco de seus espectadores não se conectarem com a história como também superficializou toda a temática envolvida.
Uma das quais que não pode passar batido é sobre o conceito da arte, pois ao criar seu show, Barnum quebra a tradição conceitual de apresentação artística, tendo a presença do personagem de James Gordon Bennet (Paul Sparks) como crítico artístico que sempre ressalta que as peculiares apresentações de Barnum não são artísticas ao seu mundo, assumindo, contudo que o show traz alegria às pessoas.
Um dos resgates do filme está na enorme qualidade das músicas produzida pelo mesmo grupo que compôs as encantadoras melodias de La La Land: Greg Wells, Justin Paul, Benj Pasek, que demonstram mais uma vez a competência de sua arte, sem nunca parecerem repetitivos.
 Os cenários e as incríveis atuações do elenco se responsabilizaram por guiar a intensidade de toda a obra trazendo a qualidade e a magia que propõe. Não há necessidade de falar da excelência não só de Hugh Jackman que já possui experiência com musicais (Os Miseráveis-2012) mas também Michelle Williams, que rouba as cenas interpretando Charity, a esposa fiel e forte de Barnum que sempre o apoiou em suas ideias. Outra figura importante é a da personagem Anne Wheeler, que possui uma presença marcante. Não costumo gostar das atuações de Zendaya, mas é inevitável reparar na força que sua personagem ganha com sua voz. Isso faz com que a história se torne envolvente o suficiente até para quem não é exigente ao mundo do cinema.

Particulamente, mesmo com todos os problemas na direção, o filme pode não ser digno de Oscar, mas me encantou o suficiente para o reassistir em dias felizes.

Nota pessoal: vocês acreditam que o Zac Efron já está com 30 anos?




Truques para superar o bloqueio criativo

Todo escritor já passou por isso. Eu mesma já passei muitas vezes. Mas sempre que acontece comigo, eu uso uma dessas táticas e tudo se reso...