domingo, 4 de fevereiro de 2018

Resenha crítica - O rei do show

Título original: The greatest showman
Direção: Michael Gracey

Queridos universiantes,

 P.T Barnum, representado pela ótima atuação de Hugh Jackman, é conhecido por ser o excêntrico homem que criou o nosso atual conceito de circo, sendo um dos pais do showbusiness. Ele ganha sua história em uma forma romantizada, oferecendo uma trama encantadora que propõe envolvê-lo de sonhos e conflitos sociais.
É um filme que não agrada a crítica, mas que para todos os outros pode ser espetacular. Tendo tudo para ser uma história marcante, “O Rei do Show” perde parte de seu potencial com cenas corridas e rasa abordagem dos conflitos expostos, sendo salvo por toda a magnitude e beleza das músicas e de sua produção.

 Lidando com uma diversidade de assuntos como, racismo, preconceito, cegueira para conquistar um sonho, e com as variadas interpretações da arte, a história central do filme tinha tudo para gerar grandes debates, contudo o acelerado ritmo causou não apenas o risco de seus espectadores não se conectarem com a história como também superficializou toda a temática envolvida.
Uma das quais que não pode passar batido é sobre o conceito da arte, pois ao criar seu show, Barnum quebra a tradição conceitual de apresentação artística, tendo a presença do personagem de James Gordon Bennet (Paul Sparks) como crítico artístico que sempre ressalta que as peculiares apresentações de Barnum não são artísticas ao seu mundo, assumindo, contudo que o show traz alegria às pessoas.
Um dos resgates do filme está na enorme qualidade das músicas produzida pelo mesmo grupo que compôs as encantadoras melodias de La La Land: Greg Wells, Justin Paul, Benj Pasek, que demonstram mais uma vez a competência de sua arte, sem nunca parecerem repetitivos.
 Os cenários e as incríveis atuações do elenco se responsabilizaram por guiar a intensidade de toda a obra trazendo a qualidade e a magia que propõe. Não há necessidade de falar da excelência não só de Hugh Jackman que já possui experiência com musicais (Os Miseráveis-2012) mas também Michelle Williams, que rouba as cenas interpretando Charity, a esposa fiel e forte de Barnum que sempre o apoiou em suas ideias. Outra figura importante é a da personagem Anne Wheeler, que possui uma presença marcante. Não costumo gostar das atuações de Zendaya, mas é inevitável reparar na força que sua personagem ganha com sua voz. Isso faz com que a história se torne envolvente o suficiente até para quem não é exigente ao mundo do cinema.

Particulamente, mesmo com todos os problemas na direção, o filme pode não ser digno de Oscar, mas me encantou o suficiente para o reassistir em dias felizes.

Nota pessoal: vocês acreditam que o Zac Efron já está com 30 anos?




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