domingo, 18 de março de 2018

Entrevista com Bianca Vieira

O Universiantes conseguiu uma entrevista exclusiva com Bianca Vieira, autora do livro “Me Recordo Dela”. Ela fala sobre suas inspirações, como a escrita afetou a sua vida, suas coisas favoritas e muito mais. Confira a resenha do livro dela aqui.
E a entrevista abaixo:
Quando percebeu que queria ser escritora?
Não existiu um momento específico em que pensei em ser escritora, porque sempre gostei muito de escrever e já queria isso desde criança. No entanto o meu desejo de ser publicada nasceu por volta dos meus dez ou onze anos, pois adorava escrever poesias, além de lê-las também.
Que livros você considera essenciais? Foi inspirada por algum autor?
Acredito que aqueles livros "essenciais" ainda são os clássicos da literatura, os quais somos obrigados a ler na escola, infelizmente ou felizmente para muitos, como eu. Eles fornecem uma base sem igual para qualquer pessoa que estima a escrita e deseja seguir a carreira de escritor. Todavia depois de muita leitura, já podemos discernir melhor e finalmente encontramos os nossos autores favoritos, aqueles responsáveis por nos motivar a escrever. Eu cultivo um carinho especial por Augusto dos Anjos, Paulo Leminski, Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector, Victor Hugo, Júlio Verne, Shakespeare e dos contemporâneos, admiro muito o trabalho do David Nicholls. A junção de todas essas leituras constitui a minha inspiração, não apenas um autor específico.
Algum conselho para novos escritores?
Não peça conselhos (sério). Deixe para fazer isso apenas após terminar a sua obra ou perderá totalmente a sua essência, algo que sempre deve manter em primeiro plano. Um escritor sem paixão é como um ator que esquece as suas falas no palco e o espectador/leitor sempre percebe quando o artista não se entregou totalmente. Simplesmente escreva e sinta-se livre para isso. Lembre-se de que o profissionalismo é um processo lento e surge através da necessidade de evoluir, aperfeiçoando aquilo que se produz.
Bianca Vieira 
As suas crônicas do livro "me recordo dela" são de um cunho muito pessoal. Como foi se expor dessa maneira?
Não foi difícil, porque não sou mais aquela garota (risos). Todos os textos do livro foram escritos para o meu blog e eu era bastante ingênua, na época só queria desabafar, não me preocupava muito com o que pensariam ao meu respeito. Quando o montei, foi como se grande parte de mim estivesse nele e de repente tudo aquilo que sentia havia terminado ali, naquelas páginas. Aprendi muitas coisas com as minhas próprias palavras e percebi que não era mais a mesma pessoa que o escreveu, logo, não teria problemas em expor isso, porque foi meio que uma forma de não me esquecer daquilo que fui um dia. Ademais, o escrevi nos momentos em que me senti bastante sozinha, então pensei nos outros que poderiam lê-lo e sentirem-se abraçados, compreendidos e, de certa forma, enxergarem que não estão abandonados no mundo, sem ninguém que os entenda em suas dores internas.  =)
Atualmente é muito difícil publicar um livro. Quais foram os seus maiores desafios nesse quesito?
Bom, para mim, o maior desafio foi o financeiro (risos). O mercado editorial no Brasil é bastante caro e os retornos praticamente não existem, ou seja, não escreva um livro imaginando ser a nova J.K. Rowling ou o new Paulo Coelho, porque isso não vai rolar (mais risos). Além disso, ser um autor iniciante e sem o mínimo de "fama" é um pouco pior, pois é um caminho árduo e difícil, porém, acredito que todos passam por isso, é inevitável.
Como a escrita afetou a sua vida?
A escrita afetou e afeta a minha vida das melhores formas possíveis. Foi através dela que criei o meu primeiro e único blog, o Estrambotices; Encarei os meus maiores medos, a timidez, desenvolvi a minha própria filosofia de vida, aprendi a pensar por mim mesma, descobri uma nova paixão e me tornei mais forte.
No seu livro "me recordo dela", você menciona várias vezes o piano. Costuma escutar (piano ou outro tipo de música) enquanto escreve?
Sabe que nem percebi isso? Na verdade, eu toco piano e isso me inspira em tudo o que faço. Não tenho o hábito de escutar nada além do som das minhas mãos batendo no teclado enquanto escrevo.
Usa algum app ou ferramenta como auxílio no processo de escrita?
Sim. Além do clássico word e suas ferramentas, estou sempre com o dicionário online e não só o de significado, mas o de sinônimos e antônimos também; Após digitar os textos, costumo usar o LanguageTool para refinar mais o conteúdo e faço aquela leitura crítica ao final; Outra coisa muito importante é reler a mesma coisa um mês depois, porque até lá já esqueci o que havia escrito e enxergo tudo com o olhar de leitor.
Curiosidades
Bandas favoritas
My chemical romance, Engenheiros do Hawaii e Fresno. Geralmente escuto mais música erudita, mas essas são as bandas que ainda gosto.
Séries favoritas
Gossip Girl, The Vampire Diaries, Pretty Little Liars, Os originais, Desperate Housewives, Drop Dead Diva e já assisti várias outras que não vou me lembrar. (risos)
No momento, AMO assistir Gossip Girl e já revi The Vampire Diaries duas vezes!
Filmes favoritos
Em busca da Terra do Nunca, O fabuloso destino de Amélie Poulain, Educação, Morangos Silvestres, 500 days of Summer e O brilho eterno de uma mente sem lembranças.
Canais de YouTube favoritos (se tiver)
Eu não possuo canais favoritos, porque meio que acompanho os que mais me identifico no momento, ou seja, é algo que varia muito e não sou fã de youtubers (risos). No momento, adoro os vídeos que a Heydebee produz, todavia, sou mais ligada em canais de viagem e de conteúdos educacionais, como os da Cintya Sabino, Cintia disse, sigo alguns canais de intercâmbio que não marco o nome e foco mais nos de musicistas que admiro. Enfim, nada fixo.
Costuma assistir booktubers ou authortubers? Se sim, quais?
Sim. Sigo a Vevsvaladares desde os meus treze anos. Hoje em dia sigo outros, mas nada que eu marque o nome.
Blogs favoritos?
Adorava o Conspirantes, pena que ele não existe mais. Atualmente, sempre faço uma visita ao blog da Heydebee, da Sophie Samie Safarti e qualquer outro que termine por gostar (nada fixo, se gostar, sigo e acompanho sempre que posso), já que sou bem velha na blogosfera e os meus favoritos foram desativados. :/
Lê alguma revista? Se sim, quais?

Só revistas online, mas nada do tipo fã. Gosto muito da revista Cult e recebo em casa uma chamada Minas faz ciência, todavia, não considero muito, pois só leio vez ou outra.


E você? Já leu algo da autora? O que achou da entrevista? Deixe nos comentários!

Um comentário:

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